quarta-feira, 28 de março de 2012

As cinco leis da Biblioteconomia

1. Os livros são para usar.
2. A cada leitor seu livro.
3. A cada livro seu leitor.
4. Poupe o tempo do leitor.
5. A biblioteca é um organismo em crescimento.
(Shiyali Ramamrita Ranganathan)

quinta-feira, 22 de março de 2012

ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA DEIXARÁ DE SER IMPRESSA APÓS 244 ANOS

Empresa decidiu focar distribuição na Web, para concorrer com a Wikipedia


A Enciclopédia Britânica, a mais antiga do mundo em inglês, anunciará na quarta-feira o fechamento de sua edição em papel, 244 anos depois que seu primeiro exemplar foi publicado em Edimburgo, na Irlanda, em 1768.

Com sede em Chicago, nos Estados Unidos, a companhia deve anunciar que se concentrará em sua enciclopédia digital e na elaboração de material para escolas, antecipou nesta terça-feira o site do jornal "The New York Times".

A decisão é uma tentativa de adaptar-se à crescente demanda por conteúdos digitais e, em particular, à concorrência da popular Wikipedia, afirmou ao site o presidente da companhia, Jorge Cauz.

"É como um rito de iniciação nesta nova era. Muitos se sentirão tristes e nostálgicos por isso, mas agora temos uma ferramenta melhor. O site está constantemente atualizado, é muito mais extenso e tem conteúdos multimídia", destacou Cauz.

Os pesados volumes da enciclopédia, com suas letras douradas na lombada, foram um objeto quase básico nas famílias britânicas e americanas desde meados do século 20, quando centenas de vendedores ambulantes os ofereciam de porta em porta.

Hoje, no entanto, a enciclopédia é quase um objeto de luxo, com um preço de US$ 1,4 mil pela edição completa, e seus clientes mais fiéis são as embaixadas e os colecionadores, segundo o "NYT".

A última edição da Enciclopédia Britânica será a de 2010, um conjunto de 32 volumes que pesa 129 quilos e inclui atualizações sobre o aquecimento global e o Projeto Genoma Humano.

A versão impressa da enciclopédia representa apenas 1% da receita da companhia. Cerca de 85% vêm da venda de produtos do currículo escolar em disciplinas como matemática e ciências, enquanto o restante, de acordo com o "NYT", vem de assinaturas do site.

A Enciclopédia Britânica se transformou em 1994 na primeira do mundo a chegar à internet, e hoje, o acesso a sua enciclopédia digital, que é atualizada a cada 20 minutos, custa uma taxa de US$ 70 anuais.

Embora alguns de seus artigos já possam ser consultados de forma gratuita em seu portal, Cauz descarta que a companhia passe a oferecer seus verbetes em um modelo gratuito.

(com Agência EFE)

Fonte: http://www.ofaj.com.br/noticias_conteudo.php?cod=313



quarta-feira, 14 de março de 2012

Primeiro curso de Biblioteconomia da América Latina nasceu na Biblioteca Nacional

Em, 1911, percebendo a carência de formação do quadro de funcionários da Biblioteca Nacional, seu diretor, Manuel Cícero Peregrino da Silva criou, dentro da própria BN, um curso de Biblioteconomia. Esse curso foi o primeiro da América Latina e o terceiro no mundo e seguia o modelo da Ecole de Chartres (França).
A primeira turma foi formada em 1915. Na Biblioteca Nacional, estudavam-se as seguintes matérias básicas: Bibliografia (que abrangia História do Livro, Administração de Bibliotecas e Catalogação); Paleografia e Diplomática; Iconografia e Numismática. O ensino era teórico e prático. A parte prática era feita na própria Biblioteca, utilizando os seus serviços, considerados padrão.
Ao longo de um século, professores renomados como Cecília Meireles, Afrânio Coutinho e Sérgio Buarque de Hollanda abrilhantaram o curso, que forneceu as bases para os conhecimentos da profissão. Ainda hoje, a BN é referência em inovações e tecnologias do setor, em especial sobre temas como preservação e digitalização de acervos.

12 de março

O Dia do Bibliotecário é comemorado em homenagem ao engenheiro e bibliotecário por vocação, Manuel Bastos Tigre. Manuel foi bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde ingressou com um estudo sobre a Classificação Decimal. Não por acaso, pois conhecera, nos EUA, o bibliotecário Melvil Dewey – que desenvolveu o Sistema de Classificação Decimal, que vemos nos livros. Sabe o código CDD que você usa pra localizar um livro na estante da biblioteca? Então, foi ele.
O encontro de Tigre com Dewey foi decisivo pra que, em 1915, aos 33 anos, Manuel abandonasse a engenharia para se dedicar à Biblioteconomia. Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, Manuel ficou até 1947, assumindo, depois, a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, onde trabalhou, mesmo depois de aposentado, com o Reitor Pedro Calmon de Sá. Hoje, o curso de Biblioteconomia faz parte da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Veja a matéria completa no Blog da Biblioteca Nacional. Fonte:

http://blogdabn.wordpress.com/2012/03/12/dia-do-bibliotecario/#more-1051

terça-feira, 13 de março de 2012

Nova lei pode liberar xerox de livro inteiro

Uma possível mudança na lei de direitos autorais, em análise na Casa Civil, vai facilitar a vida dos estudantes que sofrem para pagar o preço exigido pelos livros e apelam até para o scanner na hora de copiar textos. Caso o projeto seja aprovado no Congresso, o xerox de uma obra inteira, que é proibido hoje, será liberado para uso não comercial.

Atualmente, só é permitido copiar algumas páginas e capítulos - apesar de não ser difícil encontrar papelarias que fotocopiem o livro todo.

O anteprojeto de lei, construído pelo Ministério da Cultura (MinC) nos últimos anos por meio de consultas públicas, pode ser avaliado ainda neste semestre, segundo Marcia Barbosa, diretora de direitos intelectuais da Secretaria de Políticas Culturais da pasta.

Além da possibilidade da cópia do livro original na íntegra para uso privado - até mesmo para meios digitais -, as alterações da lei preveem a possibilidade de uso educativo das obras. "É o uso didático de um livro em sala de aula. O professor pode mencionar o livro, mostrá-lo e fazer citações pequenas."

As possíveis mudanças com a revisão da Lei dos Direitos Autorais preocupam a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR). O advogado Dalizio Barros, representante da ABDR, diz que permitir a cópia do livro inteiro pode fazer a situação sair do controle. "Não pode haver fins lucrativos. Então, a cópia não pode ser feita numa copiadora, que teria lucro com isso. Tem que ser por conta própria e não vale cópia da cópia", explica.

Barros afirma que a maior preocupação da associação hoje é a pirataria digital. "As mídias eletrônicas são ignoradas pela lei. Um PDF num e-mail vai para todo mundo em questão de minutos - é uma pulverização muito grande." Segundo ele, alguns livros são caros porque são importados. Além disso, afirma, as bibliotecas deveriam ser melhor aparelhadas.

Com os altos preços dos livros e a proibição de tirar cópias de obras inteiras, os universitários se viram para economizar e, ao mesmo tempo, não deixar de estudar. As ideias vão além da famosa "pasta do professor", em que o docente deixa os textos das aulas disponíveis para cópia na sala de xerox da faculdade - prática condenada pela ABDR. Algumas infringem a lei, como pegar livros da biblioteca da faculdade e fotografar as páginas - para depois enviar para os colegas de sala, por exemplo.

Para entender

Legislação é de 1998

A reprografia de obras literárias foi um dos sete temas que receberam atenção na revisão da Lei de Direitos Autorais. Um anteprojeto de lei foi elaborado em 2010 e submetido à consulta pública. Depois de passar por revisão do Ministério da Cultura, encontra-se na Casa Civil. Não há prazo legal para que siga ao Congresso.

A lei de vigente (n.º 9.610) é de 1998. De acordo com a legislação, são protegidos os textos de obras literárias, científicas, conferências, sermões, ilustrações, cartas geográficas, músicas (com ou sem letra), desenhos, pinturas, esculturas e arte cinética, entre outras.

Fonte;
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-12--64-20120313&tit=nova+lei+pode+liberar+xerox+de+livro+inteiro

sábado, 10 de março de 2012

Quando eu crescer quero ser bibliotecário!

Você já ouviu alguma criança falar isso? Afinal, o que é ser bibliotecário nos primórdios do século 21, com todo um avanço tecnológico na sociedade da informação? Onde está a importância desse profissional e o seu reconhecimento sócio-educativo e cultural em nossa sociedade?

No Brasil, temos 39 escolas de formação acadêmica de onde saímos com o grau de bacharel (segundo dados do Conselho de Biblioteconomia da 1ª região), o vestibular não é tão concorrido quanto os outros cursos tradicionais, que deslumbram status, porém, na sua remuneração, esse profissional pode estar muito bem na tabela salarial comparado a outros profissionais liberais.

Mas, voltando a pergunta inicial, você já ouviu uma criança dizer que quer ser bibliotecária? E os pais ficarem encantados com a escolha da profissão e saírem comentando aos quatro cantos que seu filho vai ser bibliotecário, que ele está cursando biblioteconomia? Provavelmente não.

E por que não? Eis as minhas indagações: as pessoas, na sua grande maioria, não buscam a informação além das emissoras de rádio e televisão, quando vão às bibliotecas de suas escolas, sejam elas públicas ou privadas, raramente encontram um bibliotecário disponível para atendê-lo. Isso quando a escola tem biblioteca e bibliotecário.

Nas universidades privadas e públicas, esse profissional sempre está envolvido com processamentos administrativos ou técnicos. Nas outras áreas em que ele atua, raramente aparece em frente a um projeto, se mostrando no sentido denotativo da palavra, não que ele não se envolva, alguns chegam até a ser parte essencial daquele projeto, porém ficam inibidos na hora de utilizar seu marketing pessoal, existem exceções, mas são raras.

Recentemente, um colega comentou que seu ex-supervisor, um homem graduado, questionou por que precisamos cursar quatro anos de faculdade para exercer a função de bibliotecário, tendo ele como área de percepção o espaço biblioteca, porque, apesar de atuarmos em qualquer unidade onde possa existir informação, seja ela bibliográfica ou não, o bibliotecário, na mente da maioria dos mortais, ainda está vinculado às estantes de livros organizados verticalmente.

Para muitos, faz-se necessário apenas guardar os livros nas prateleiras e emprestá-los quando alguém precisa consultá-los ou fazer uma pesquisa. Daí eu questiono aos colegas bibliotecários e aos órgãos de classe, que nos representam como pessoas jurídicas, onde está a visibilidade da profissão?

Será que está apenas em um cartaz parabenizando pelo dia 12 de Março, que comemora o dia do bibliotecário e o nascimento de Manuel Bastos Tigre, bibliotecário que se projetou na biblioteconomia pelas suas ações em prol da profissão, exerceu a profissão por 40 anos sendo o primeiro bibliotecário concursado no Brasil em 1915? Onde está a nossa auto-estima?

O que fazer para que a sociedade conheça esse profissional, que os nossos filhos nos olhem com orgulho e que as crianças despertem o interesse em um dia, quando crescerem, terem como opção, além da carreira das áreas médica, advocacia, engenharia, a biblioteconomia sem se sentir pequeno, porque qualquer profissão, seja ela de cunho liberal ou não, quando é exercida e temperada com vocação, prazer e uma remuneração justa, merece todo o reconhecimento e respeito de uma sociedade em desenvolvimento que tem como alicerces políticos a educação como prioridade para alcançar o posto de primeiro mundo.

Marcos Soares
Bibliotecário daUFPE
CRB4/1381
colegioinvisivel@bol.com.br

Fonte: http://www.ndc.uff.br/portaldereferencia/noticias.asp?cod=1105