quinta-feira, 13 de setembro de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

GOVERNO LANÇA PROGRAMAS PARA INTERNACIONALIZAR LITERATURA BRASILEIRA

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN), do Ministério da Cultura (MinC), anunciou nesta quarta-feira (4/7), na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre nessa cidade fluminense, novos programas para a internacionalização do livro e do escritor brasileiro.

A iniciativa faz parte da segunda etapa do Programa de Internacionalização do Livro e da Literatura Brasileira. As ações serão coordenadas pelo recém-criado Centro Internacional do Livro da FBN e preveem investimentos de R$ 76 milhões até 2020.

“Esse conjunto de programas e ações que formam a segunda etapa significa que o Brasil está se colocando para atuar no mercado mundial a partir da visão de uma política de Estado. Acho que isso é o mais relevante de tudo”, destacou à Agência Brasil o presidente da FBN, Galeno Amorim.

“Essa é uma das prioridades da política do livro que o governo federal vai passar a promover e pretende ampliar no próximo período”, completou o secretário executivo do Ministério da Cultura, Vitor Ortiz.

Os editais para os novos programas serão publicados, um a cada semana, até a segunda semana de agosto, disse Amorim. As inscrições serão imediatas a partir da publicação.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2012/07/04/interna_diversao_arte,310622/governo-lanca-programas-para-internacionalizar-literatura-brasileira.shtml

DICAS DE BONS LIVROS DA LITERATURA BRASILEIRA

Poucos sabem reconhecer o grande valor da literatura brasileira. Além de história, a literatura mostra-nos nossas origens e como a língua portuguesa se modificou, desde a colonização dos portugueses, até os dias de hoje. Este marco faz parte da literatura latino-americana, onde surgiu diante atividades literárias para que assim incentivassem os jesuítas após o descobrimento do Brasil no ano de 1500 no século XVI.
Atualmente, a literatura clássica brasileira é aplicada nas escolas desde o ensino fundamental, onde os alunos já começam a ter noção se estendendo até o ensino médio, onde o conhecimento aprofundado é passado, uma vez que estes estão em processo de preparação para vestibulares que envolvem diversas questões sobre o assunto.
Em geral as pessoas desprezam esse tipo de leitura, por ser de difícil entendimento, já que os escritores utilizavam palavras e linguajares dos antigos dialetos portugueses. Outro motivo, é que a mídia atual e a facilidade de acesso a informação desincentivam a grande massa a ler.
De fato, esses livros além de proporcionar um auto grau de conteúdo, podem aprimorar nosso vocabulário com palavras que hoje são pouco usadas, mas que  ainda fazem parte da nossa língua. Separamos para os leitores uma lista com os grandes sucessos da literatura brasileira.
Literatura Brasileira 
- Memórias póstumas de Brás Cubas
- O Cortiço
- Iracema
- Dom Casmurro
- Primo Basílio
- Memórias de um sargento de milícias
- Vidas Secas
- Triste fim de Policarpo Quaresma
- A hora da estrela
- São Bernardo
- A moreninha
- Senhora
- Sagarana
- Capitães de areia
- Macunaíma

Fonte: http://abduzido.net/dicas-de-bons-livros-da-literatura-brasileira/

sábado, 5 de maio de 2012

LIVROS QUE LIBERTAM


Programa de leitura em penitenciárias federais prevê redução de pena para cada obra lida e resenhada pelos detentos.


Um programa do Ministério da Justiça irá distribuir 816 livros para penitenciárias federais com o intuito de estimular a leitura entre os detentos e, de quebra, reduzir-lhes a pena.


O programa de redução, porém, até agora foi implantado em apenas duas penitenciárias: Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS).


Presos considerados de "alta periculosidade", como Fernandinho Beira-Mar (condenado a 120 anos), poderão ler obras como O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry, a trilogia Crepúsculo, de Stephenie Meyer, de Malas Prontas, de Danuza Leão, além do "sugestivo" 1001 Filmes para Ver Antes de Morrer, de Steven Jay Schneider.


Na penitenciária do Paraná, por exemplo, para cada livro que o detento ler e apresentar uma resenha (no prazo de 12 dias), o juiz pode conceder uma redução de até quatro dias. Cerca de 60 presos já participam do projeto na unidade, que propôs a leitura de Crime e Castigo, de Dostoiévski, e Incidente em Antares, de Érico Verissimo.



Fonte: http://www.ofaj.com.br/noticias_conteudo.php?cod=318

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O hipertexto está morto, vida longa ao hipertexto



Os velhos paradigmas do livro estão presentes em todos os livros digitais.


Por Ricardo Murer

O nascimento do universo digital confunde-se com o nascimento do hipertexto. De fato, se olharmos para história da internet vamos encontrar os primeiros pesquisadores em busca de uma nova forma de escrita, a qual pudesse resolver basicamente dois problemas: de um lado o crescente volume de informações e como criar relações entre estas informações, basicamente textos científicos.
E de outro, permitir que o leitor pudesse escapar dos blocos fixos de texto, saltando para outros blocos, no exato momento de seu insight, encontrando relações, novas ideias e conceitos associados. A ideia existe desde 1945, com Vanevar Bush e o termo hipertexto (e também hipermídia) foi cunhado por Ted Nelson em 1963.
Assim toda a teoria já estava pronta quando o mundo digital e a aldeia global de McLuhan começou a materializar-se com a rede de computadores conectados. Não há dúvida que o meio digital potencializou o processo de não-linearização da informação.
Este novo universo de possibilidades e as limitações do passado foram as forças motivacionais que levaram Tim-Berners-Lee a criar o HTML (Hipertext Markup Language) como solução para seus problemas locais no CERN de relacionar textos científicos de forma rápida e eficiente.
Não por acaso, após as primeiras experiências com o hipertexto, muitos pesquisadores alardearam a morte do livro e suas convenções. O texto, agora digital e hiperlinkado, não estava mais preso à linearidade, às convenções de começo, meio e fim, tornando-se muito diferente da linearidade do universo Gutenberguiano.
Imediatamente, softwares para criação de hipernarrativas apareceram no mercado, cursos de narrativas não lineares foram inaugurados em algumas faculdades, milhares de websites abusaram da possibilidade de se ligar ou linkar (do inglês link – ligação entre dois pontos) qualquer palavra a qualquer outra palavra dentro de outro texto. As construções textuais agora chamadas de hipernarrativas transformaram o leitor passivo em Teseu, perdido num labirinto sem fim, arriscando-se a ser devorado por um Minotauro virtual.
Entretanto, não podemos fazer uma reflexão (mesmo que breve como esta) sobre o hipertexto deixando de lado seu suporte. Devemos lembrar que o hipertexto é apenas a superfície, a camada de apresentação, de algo mais complexo.
Este “algo” é o suporte, a estrutura física que permite a navegação e interação. Assim, se no começo era um computador conectado a outro computador e assim por diante, esta estrutura física evoluiu, tornando-se mais fluída, móvel e simples ou em outras palavras: tablets.
Kindles e iPads são hoje os suportes físicos primários para o texto digital, e logicamente para o hipertexto.
Mas onde está o hipertexto?
Você, assim como eu, tem lido jornais, revistas e livros em formato digital, então é fácil perceber que os velhos paradigmas do livro estão presentes em todos os livros digitais (assim como os paradigmas das revistas e jornais). Ao ler um livro em formato digital encontramos capa, índice, páginas numeradas, o texto blocado escrito em bonitas fontes serifadas e o movimento suave de virar as páginas.
E o hipertexto, onde está? Por que não linkamos esta palavra aqui com aquela acolá dois ou três capítulos mais à frente? Por que não linkamos o nome do personagem com um texto descritivo sobre seus hábitos ou coordenadas no Googlemaps mostrando onde ele mora?
O livro não está morto, como muito dizem por aí, certamente está mudando de suporte (bom lembrar que já foi de pedra, papiro enrolado, pergaminho…). Penso que o espírito do livro permanece, enquanto o hipertexto está agonizando de morte.
Em termos computacionais, o hipertexto continua mais forte do que nunca, agora transformado em HTLM5, código padrão crescente em todas as plataformas móveis. Mas é um código, uma linguagem de programação. O velho e bom hipertexto morreu, vida longa ao hipertexto.
Fonte:
http://webinsider.uol.com.br/2012/04/24/o-hipertexto-esta-morto-vida-longa-ao-hipertexto/

sábado, 28 de abril de 2012

A ARTE EM LIVROS

Artista cria livros-escultura cortando página por página

Alexander Korzer-Robinson transforma livros antigos em obras de arte usando apenas as imagens contidas no volume.

Depois de prontos, os livros-esculturas são selados e não podem mais ser abertos.  (Foto: Alexander Korzer-Robinson / Barcroft)
(Foto: Alexander Korzer-Robinson / Barcroft)
O artista alemão Alexander Korzer-Robinson passou quase um ano desenvolvendo uma técnica para transformar livros antigos em obras de arte, cortando página por página para formar uma escultura em 3D.
Ele recorta o contorno de algumas ilustrações e remove outras, formando sua composição usando apenas imagens contidas no volume em que está trabalhando.
'Eu passo muito tempo em sebos e antiquários procurando livros que me inspirem. Sempre que viajo, tento descobrir onde ficam as lojas de livros usados', disse Korzer-Robinson à BBC Brasil.
Depois de prontos, os livros-esculturas são selados e não podem mais ser abertos. O artista diz que o objetivo é que eles sejam pendurados na parede ou expostos em uma prateleira, como um objeto de arte.
'Esses livros, que perderam sua utilidade com a passagem do tempo, ganham um novo propósito. Eles não são mais ferramentas de aprendizado sobre o mundo, mas uma maneira de se conhecer a si mesmo.'

Fonte:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/04/artista-cria-livros-escultura-cortando-pagina-por-pagina.html

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Por que livros antigos têm o mesmo cheiro forte?

Por que livros antigos têm o mesmo cheiro forte?

DIA 23 DE ABRIL- DIA MUNDIAL DO LIVRO



Faz sentido que o Dia Internacional do Livro seja comemorado dia 23, pelo mundo afora. A data, estabelecida em caráter definitivo pela Unesco em 1996, homenageia dois gigantes máximos da literatura ocidental. O 23 de abril seria, por uma lenda repetida universalmente, o dia em que morreram, no mesmo ano, o espanhol Miguel de Cervantes (1547 – 1616), o inventor do romance moderno com Dom Quixote, e o inglês William Shakespeare (1564 – 1616), o inventor do humano, como o chama Harold Bloom.
Trata-se de uma das mais instigantes mitologias do universo literário, uma lenda que dota o terreno profano da literatura de uma data mágica ao estilo das Vidas de Santos (que antes eram muito mais comuns em livro). Dois dos pilares da literatura mundial viveram de fato na mesma época, mas a predestinação histórica que os teria feito partir ao mesmo tempo é ficção.
Para começar, da biografia de Shakespeare, autor de obras onipresentes em praticamente todo o mundo, sabe-se muito pouco. Embora tenha deixado quase 1 milhão de palavras de texto, apenas 14 delas são comprovadamente de seu próprio punho: o nome assinado seis vezes e as palavras “por mim” em seu testamento, como conta um de seus biógrafos, Bill Bryson, em Shakespeare: a Vida É um Palco. Há pouca informação mesmo sobre o dia de seu falecimento – têm-se registros de seus funerais, mas não a data exata do óbito.
Mesmo que tenha sido 23 de abril a data da morte de Shakespeare, não teria sido no mesmo 23 de abril de Cervantes pelo simples motivo de que, na época, a Espanha, onde Cervantes vivia, havia adotado, como bom país católico, o calendário imposto pelo papa Gregório em 1582. E Shakespeare vivia na Inglaterra protestante, frequentemente hostilizada pelo reino espanhol a serviço do Vaticano, e que ainda marcava o tempo pelo Calendário Juliano. A Inglaterra só adotaria o Calendário Gregoriano em 1751. Shakespeare, portanto, teria morrido no dia 3 de maio – 10 dias após o espanhol.
Mas quem vai dizer que a história não é boa? Sendo assim, para que insistir tanto na picuinha das datas? Para lembrar, talvez, que a literatura é em última instância uma construção paradoxalmente individual (na mente e no coração de cada leitor) e coletiva (na transmissão de leituras e cânones, de intepretações e até mesmo mitologias literárias com as quais os leitores se comprazem).

Fonte: http://www.livrosepessoas.com/2012/04/23/curiosidades-23-de-abril-dia-mundial-do-livro/


quarta-feira, 28 de março de 2012

As cinco leis da Biblioteconomia

1. Os livros são para usar.
2. A cada leitor seu livro.
3. A cada livro seu leitor.
4. Poupe o tempo do leitor.
5. A biblioteca é um organismo em crescimento.
(Shiyali Ramamrita Ranganathan)

quinta-feira, 22 de março de 2012

ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA DEIXARÁ DE SER IMPRESSA APÓS 244 ANOS

Empresa decidiu focar distribuição na Web, para concorrer com a Wikipedia


A Enciclopédia Britânica, a mais antiga do mundo em inglês, anunciará na quarta-feira o fechamento de sua edição em papel, 244 anos depois que seu primeiro exemplar foi publicado em Edimburgo, na Irlanda, em 1768.

Com sede em Chicago, nos Estados Unidos, a companhia deve anunciar que se concentrará em sua enciclopédia digital e na elaboração de material para escolas, antecipou nesta terça-feira o site do jornal "The New York Times".

A decisão é uma tentativa de adaptar-se à crescente demanda por conteúdos digitais e, em particular, à concorrência da popular Wikipedia, afirmou ao site o presidente da companhia, Jorge Cauz.

"É como um rito de iniciação nesta nova era. Muitos se sentirão tristes e nostálgicos por isso, mas agora temos uma ferramenta melhor. O site está constantemente atualizado, é muito mais extenso e tem conteúdos multimídia", destacou Cauz.

Os pesados volumes da enciclopédia, com suas letras douradas na lombada, foram um objeto quase básico nas famílias britânicas e americanas desde meados do século 20, quando centenas de vendedores ambulantes os ofereciam de porta em porta.

Hoje, no entanto, a enciclopédia é quase um objeto de luxo, com um preço de US$ 1,4 mil pela edição completa, e seus clientes mais fiéis são as embaixadas e os colecionadores, segundo o "NYT".

A última edição da Enciclopédia Britânica será a de 2010, um conjunto de 32 volumes que pesa 129 quilos e inclui atualizações sobre o aquecimento global e o Projeto Genoma Humano.

A versão impressa da enciclopédia representa apenas 1% da receita da companhia. Cerca de 85% vêm da venda de produtos do currículo escolar em disciplinas como matemática e ciências, enquanto o restante, de acordo com o "NYT", vem de assinaturas do site.

A Enciclopédia Britânica se transformou em 1994 na primeira do mundo a chegar à internet, e hoje, o acesso a sua enciclopédia digital, que é atualizada a cada 20 minutos, custa uma taxa de US$ 70 anuais.

Embora alguns de seus artigos já possam ser consultados de forma gratuita em seu portal, Cauz descarta que a companhia passe a oferecer seus verbetes em um modelo gratuito.

(com Agência EFE)

Fonte: http://www.ofaj.com.br/noticias_conteudo.php?cod=313



quarta-feira, 14 de março de 2012

Primeiro curso de Biblioteconomia da América Latina nasceu na Biblioteca Nacional

Em, 1911, percebendo a carência de formação do quadro de funcionários da Biblioteca Nacional, seu diretor, Manuel Cícero Peregrino da Silva criou, dentro da própria BN, um curso de Biblioteconomia. Esse curso foi o primeiro da América Latina e o terceiro no mundo e seguia o modelo da Ecole de Chartres (França).
A primeira turma foi formada em 1915. Na Biblioteca Nacional, estudavam-se as seguintes matérias básicas: Bibliografia (que abrangia História do Livro, Administração de Bibliotecas e Catalogação); Paleografia e Diplomática; Iconografia e Numismática. O ensino era teórico e prático. A parte prática era feita na própria Biblioteca, utilizando os seus serviços, considerados padrão.
Ao longo de um século, professores renomados como Cecília Meireles, Afrânio Coutinho e Sérgio Buarque de Hollanda abrilhantaram o curso, que forneceu as bases para os conhecimentos da profissão. Ainda hoje, a BN é referência em inovações e tecnologias do setor, em especial sobre temas como preservação e digitalização de acervos.

12 de março

O Dia do Bibliotecário é comemorado em homenagem ao engenheiro e bibliotecário por vocação, Manuel Bastos Tigre. Manuel foi bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro, onde ingressou com um estudo sobre a Classificação Decimal. Não por acaso, pois conhecera, nos EUA, o bibliotecário Melvil Dewey – que desenvolveu o Sistema de Classificação Decimal, que vemos nos livros. Sabe o código CDD que você usa pra localizar um livro na estante da biblioteca? Então, foi ele.
O encontro de Tigre com Dewey foi decisivo pra que, em 1915, aos 33 anos, Manuel abandonasse a engenharia para se dedicar à Biblioteconomia. Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, Manuel ficou até 1947, assumindo, depois, a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, onde trabalhou, mesmo depois de aposentado, com o Reitor Pedro Calmon de Sá. Hoje, o curso de Biblioteconomia faz parte da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).

Veja a matéria completa no Blog da Biblioteca Nacional. Fonte:

http://blogdabn.wordpress.com/2012/03/12/dia-do-bibliotecario/#more-1051

terça-feira, 13 de março de 2012

Nova lei pode liberar xerox de livro inteiro

Uma possível mudança na lei de direitos autorais, em análise na Casa Civil, vai facilitar a vida dos estudantes que sofrem para pagar o preço exigido pelos livros e apelam até para o scanner na hora de copiar textos. Caso o projeto seja aprovado no Congresso, o xerox de uma obra inteira, que é proibido hoje, será liberado para uso não comercial.

Atualmente, só é permitido copiar algumas páginas e capítulos - apesar de não ser difícil encontrar papelarias que fotocopiem o livro todo.

O anteprojeto de lei, construído pelo Ministério da Cultura (MinC) nos últimos anos por meio de consultas públicas, pode ser avaliado ainda neste semestre, segundo Marcia Barbosa, diretora de direitos intelectuais da Secretaria de Políticas Culturais da pasta.

Além da possibilidade da cópia do livro original na íntegra para uso privado - até mesmo para meios digitais -, as alterações da lei preveem a possibilidade de uso educativo das obras. "É o uso didático de um livro em sala de aula. O professor pode mencionar o livro, mostrá-lo e fazer citações pequenas."

As possíveis mudanças com a revisão da Lei dos Direitos Autorais preocupam a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR). O advogado Dalizio Barros, representante da ABDR, diz que permitir a cópia do livro inteiro pode fazer a situação sair do controle. "Não pode haver fins lucrativos. Então, a cópia não pode ser feita numa copiadora, que teria lucro com isso. Tem que ser por conta própria e não vale cópia da cópia", explica.

Barros afirma que a maior preocupação da associação hoje é a pirataria digital. "As mídias eletrônicas são ignoradas pela lei. Um PDF num e-mail vai para todo mundo em questão de minutos - é uma pulverização muito grande." Segundo ele, alguns livros são caros porque são importados. Além disso, afirma, as bibliotecas deveriam ser melhor aparelhadas.

Com os altos preços dos livros e a proibição de tirar cópias de obras inteiras, os universitários se viram para economizar e, ao mesmo tempo, não deixar de estudar. As ideias vão além da famosa "pasta do professor", em que o docente deixa os textos das aulas disponíveis para cópia na sala de xerox da faculdade - prática condenada pela ABDR. Algumas infringem a lei, como pegar livros da biblioteca da faculdade e fotografar as páginas - para depois enviar para os colegas de sala, por exemplo.

Para entender

Legislação é de 1998

A reprografia de obras literárias foi um dos sete temas que receberam atenção na revisão da Lei de Direitos Autorais. Um anteprojeto de lei foi elaborado em 2010 e submetido à consulta pública. Depois de passar por revisão do Ministério da Cultura, encontra-se na Casa Civil. Não há prazo legal para que siga ao Congresso.

A lei de vigente (n.º 9.610) é de 1998. De acordo com a legislação, são protegidos os textos de obras literárias, científicas, conferências, sermões, ilustrações, cartas geográficas, músicas (com ou sem letra), desenhos, pinturas, esculturas e arte cinética, entre outras.

Fonte;
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-12--64-20120313&tit=nova+lei+pode+liberar+xerox+de+livro+inteiro

sábado, 10 de março de 2012

Quando eu crescer quero ser bibliotecário!

Você já ouviu alguma criança falar isso? Afinal, o que é ser bibliotecário nos primórdios do século 21, com todo um avanço tecnológico na sociedade da informação? Onde está a importância desse profissional e o seu reconhecimento sócio-educativo e cultural em nossa sociedade?

No Brasil, temos 39 escolas de formação acadêmica de onde saímos com o grau de bacharel (segundo dados do Conselho de Biblioteconomia da 1ª região), o vestibular não é tão concorrido quanto os outros cursos tradicionais, que deslumbram status, porém, na sua remuneração, esse profissional pode estar muito bem na tabela salarial comparado a outros profissionais liberais.

Mas, voltando a pergunta inicial, você já ouviu uma criança dizer que quer ser bibliotecária? E os pais ficarem encantados com a escolha da profissão e saírem comentando aos quatro cantos que seu filho vai ser bibliotecário, que ele está cursando biblioteconomia? Provavelmente não.

E por que não? Eis as minhas indagações: as pessoas, na sua grande maioria, não buscam a informação além das emissoras de rádio e televisão, quando vão às bibliotecas de suas escolas, sejam elas públicas ou privadas, raramente encontram um bibliotecário disponível para atendê-lo. Isso quando a escola tem biblioteca e bibliotecário.

Nas universidades privadas e públicas, esse profissional sempre está envolvido com processamentos administrativos ou técnicos. Nas outras áreas em que ele atua, raramente aparece em frente a um projeto, se mostrando no sentido denotativo da palavra, não que ele não se envolva, alguns chegam até a ser parte essencial daquele projeto, porém ficam inibidos na hora de utilizar seu marketing pessoal, existem exceções, mas são raras.

Recentemente, um colega comentou que seu ex-supervisor, um homem graduado, questionou por que precisamos cursar quatro anos de faculdade para exercer a função de bibliotecário, tendo ele como área de percepção o espaço biblioteca, porque, apesar de atuarmos em qualquer unidade onde possa existir informação, seja ela bibliográfica ou não, o bibliotecário, na mente da maioria dos mortais, ainda está vinculado às estantes de livros organizados verticalmente.

Para muitos, faz-se necessário apenas guardar os livros nas prateleiras e emprestá-los quando alguém precisa consultá-los ou fazer uma pesquisa. Daí eu questiono aos colegas bibliotecários e aos órgãos de classe, que nos representam como pessoas jurídicas, onde está a visibilidade da profissão?

Será que está apenas em um cartaz parabenizando pelo dia 12 de Março, que comemora o dia do bibliotecário e o nascimento de Manuel Bastos Tigre, bibliotecário que se projetou na biblioteconomia pelas suas ações em prol da profissão, exerceu a profissão por 40 anos sendo o primeiro bibliotecário concursado no Brasil em 1915? Onde está a nossa auto-estima?

O que fazer para que a sociedade conheça esse profissional, que os nossos filhos nos olhem com orgulho e que as crianças despertem o interesse em um dia, quando crescerem, terem como opção, além da carreira das áreas médica, advocacia, engenharia, a biblioteconomia sem se sentir pequeno, porque qualquer profissão, seja ela de cunho liberal ou não, quando é exercida e temperada com vocação, prazer e uma remuneração justa, merece todo o reconhecimento e respeito de uma sociedade em desenvolvimento que tem como alicerces políticos a educação como prioridade para alcançar o posto de primeiro mundo.

Marcos Soares
Bibliotecário daUFPE
CRB4/1381
colegioinvisivel@bol.com.br

Fonte: http://www.ndc.uff.br/portaldereferencia/noticias.asp?cod=1105

domingo, 15 de janeiro de 2012

Projeto de lei propõe obrigatoriedade das bibliotecas em escolas; estudos mostram que apenas distribuir acervos é insuficiente

Um projeto de lei (PL 3.044/08), atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, quer fazer com que as escolas tenham, obrigatoriamente, uma biblioteca em suas dependências. De autoria do deputado Sandes Júnior (PP/GO), o projeto determina que, num prazo de cinco anos, todas as escolas do país devem ter bibliotecas com acervo mínimo de quatro livros por aluno. Prevê também que as bibliotecas devem, num prazo máximo de dez anos, contar com bibliotecários de ofício.

"Não é por uma questão legal, salvo raríssimas exceções, que as bibliotecas continuam a existir. Na maioria delas inexistem serviços de informação e leitura dignos, apesar dos esforços dos profissionais que nelas atuam. Os livros continuam sendo adquiridos, mas as carências de pessoal habilitado e qualificado persistem", relata Raimundo Martins de Lima, professor do curso de biblioteconomia e vice-presidente do Departamento de Ciências e Letras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

A constatação da realidade atual das bibliotecas escolares tem funcionado como um desestímulo aos alunos do curso de biblioteconomia, diz Martins Lima. A sensação geral é que a disparidade entre o que aprendem na universidade e o que existe, de fato, nas escolas é intransponível. "Acabam mudando o foco de suas decisões e excluem a educação na hora de escolher a área em que pretendem atuar."

Para Martins Lima, o fato de os gestores das escolas públicas não estarem mais contratando bibliotecários apenas confirma que a maioria deles desconhece o papel pedagógico da biblioteca escolar. "Se com a presença do bibliotecário, profissional que estuda as técnicas de tratamento, organização, disseminação, busca, recuperação e transferência da informação nas mais variadas mídias, não for mais facilitado o alcance dos objetivos das escolas, certamente isso não acontecerá com os leigos", analisa.

Fator diferencial
Os estudantes brasileiros possuem baixa competência em leitura e escrita, como atestam os índices de aprendizagem dos alunos mensurados tanto pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), quanto pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Uma das questões que vem ganhando corpo na análise deste problema é o lugar que a biblioteca escolar pode ocupar nas estratégias para aumentar e melhorar os hábitos de leitura dos alunos.

A distribuição de acervos, via Programa Nacional de Bibliotecas Escolares, só tem se ampliado. No entanto, há um índice claro de que apenas a distribuição não é suficiente para resolver o problema. Pesquisa encomendada pelo próprio Ministério da Educação, em parceria com a Unesco, e divulgada no ano passado mostra que muitos acervos distribuídos permanecem intocados ou mal aproveitados. E que a figura do bibliotecário - ou ao menos de um mediador de leitura que saiba fazer com que os livros circulem - pode fazer toda a diferença no processo.

Um diagnóstico recente sobre a condição das bibliotecas escolares da rede estadual de ensino médio em Manaus, Amazonas, mostra que a oferta de serviços e produtos de informação para atender às necessidades do público escolar é o que assegura o uso efetivo desse espaço. A simples existência do acervo não garante a alunos e professores a fruição ou mesmo um uso mais utilitário do acervo. O material acaba não dialogando com o projeto pedagógico.

A pesquisa evidencia a necessidade de ações efetivas para que as bibliotecas escolares possam cumprir seu papel pedagógico. É preciso, conclui o estudo, que haja uma flexibilização de critérios para aquisição do acervo, com um olhar que atenda a demandas regionais, por exemplo. Aponta ainda a necessidade de reestruturação das bibliotecas escolares. Intitulado "De usuário a cidadão: o acesso à informação ambiental em bibliotecas escolares de Manaus", o estudo deriva de pesquisa de mestrado em ciências do ambiente e sustentabilidade, da bibliotecária Yeda de Souza Penedo, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Contrastes
Inspeção recente feita pelo Conselho Regional de Biblioteconomia de São Paulo (CRB-8) em 40 escolas da rede estadual de São Paulo concluiu que o atendimento nas bibliotecas carece de profissionais com formação adequada, de projeto arquitetônico voltado a sua finalidade e de sistemas de informatização. A inspeção do CRB, em parte, confirma os resultados do levantamento realizado na rede estadual de ensino de São Paulo, em 2008. A rede paulista, por opção, diz preferir a adoção de salas de leitura em lugar de bibliotecas. Também tem por política não contratar bibliotecários de ofício. Grande parte dos educadores que estão à frente das salas de leitura são professores adaptados.

Já a rede municipal de São Paulo dispõe de bibliotecas nas 42 unidades dos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e salas de leitura nas outras 700 escolas. Em 2008, a atual gestão realizou concurso público para preenchimento de cargos de bibliotecários, que já estão atuando nos CEUs.

Projeto mobilizador
"A biblioteca escolar, mais do que estimular o gosto pela leitura, tem a missão de preparar o aluno para ser independente no seu processo de aprendizagem, de forma contínua, ao longo de todas as etapas da educação. O que vemos hoje, no entanto, é a mera distribuição de livros, sem respeitar a realidade de cada comunidade escolar", avalia Evanda Perri Paulino, professora de biblioteconomia e ciência da informação da Fundação e Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp/SP) e presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia de São Paulo (CRB).

"Estamos trabalhando para sensibilizar as autoridades sobre a importância da biblioteca escolar para melhorar os índices de educação. Os baixos índices educacionais apontam a necessidade de união de forças para melhorar a qualidade da educação no país", analisa. A educadora concebe leitura como uma das atividades que devem acontecer na biblioteca ou fora dela, para que os estudantes sejam habilitados a buscar, avaliar e a fazer uso ético da informação.

O conselho regional paulista desenvolveu um projeto que propõe a criação de um novo modelo de biblioteca escolar. "Queremos a autorização do governo para montar um projeto piloto em uma escola pública, na capital ou interior. Esse modelo prevê várias atividades e uma rede de conhecimento e informação que exige mais do que o espaço físico. Requer um espaço dentro da sala de aula com a inserção de um horário para o trabalho de capacitação informacional. E prevê a criação de uma rede de conhecimento em um espaço adequado e agradável, dotado de recursos tecnológicos e qualificação de todos os envolvidos no processo educacional", explica Evanda.

O projeto foi inspirado nos modelos de bibliotecas escolares de escolas públicas dos municípios paulistas de Garça e São Carlos. "Com poucos recursos, é possível fazer um bom trabalho, integrando todas as pessoas envolvidas no processo educacional: alunos, professor, coordenador pedagógico, supervisores e o bibliotecário", esclarece.

O profissional que trabalha na biblioteca escolar fazendo a mediação deve saber estabelecer o diálogo com todas as pessoas envolvidas no processo educacional. "É preciso dotar o aluno de critérios para utilizar as ferramentas de pesquisa, instrumentalizá-lo para saber ter acesso às fontes confiáveis. Tudo isso exige a mediação de alguém qualificado", explica.

Em âmbito nacional, o Conselho Federal de Biblioteconomia elaborou uma proposta batizada de Projeto Mobilizador - Construção de uma rede de informação para o ensino público, que sugere a formulação de políticas públicas que priorizem a criação de bibliotecas nas escolas públicas e sua integração por meio de uma rede informatizada que cubra todos os municípios brasileiros.